Cada um tem a obrigação de comandar como quer a sua vida mas histórias imprevistas acontecem quando menos se espera. Às vezes cruzo-me com situações e pessoas que fico a pensar "como isso pode acontecer?!"
Em Granada fui abordado por uma bruxa que me queria ler a mão (em troca de dinheiro claro!) e insistia nas minhas linhas da palma da mão. Disse o que toda a gente quer ouvir, claro está, mas eu fiquei a olhar para a mão. Nunca tinha reparado nela daquela maneira. Não acreditei em nada que a bruxa disse mas tenho uma coisa em comum com ela: é a minha mão que declara coisas que eu fiz na minha vida. Aquelas linhas tem o seu sentido... mas deixo tudo resto para os "poetas".
Mas sobre linhas cruzadas, tal como toda a gente, já sofri de tudo um pouco. Telefonemas, encontrões, tropeções, acidente de carro... há sempre uma pessoa, um ser humano, que há-de aparecer pela frente, responsável por si, como eu, por estar naquele espaço, naquele tempo, e que por meu destino (seja lá bem o que isso for) lá estava eu também. Recentemente pela primeira vez, em e-mail, por erro na dactilografia de uma pessoa. Um e-mail bem humorado a pedir acção e alegria a um grupo de outros seres humanos mas não eu como destinatário. Mais uma situação que me fez esboçar um sorriso e respondi espontaneamente (alertando que alguém ficou de fora em deterimento do erro no endereço).
Pensei então, às vezes é bom não ter o controlo definitivo da nossa vida.
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